quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Retornando... porque aumentar o pavio não é nada fácil!

São sempre os mesmo deboches, as mesmas ofensas. Se o pensamento explode em palavras, me sinto um ser humano egoísta tentando justificar à mim meus próprios atos; se tento guardá-lo em um baú à sete chaves, perco a luz nos olhos e o único brilho que resta é o constituído por lágrimas. Hoje tento exercer o segundo, ciente das conseqüências e temendo-as também. Engolir a fala e silenciar a mente é tão corrosivo e a longo prazo, extremamente tóxico. Lamentável, porque revela a desistência, a perda de esperança em pessoas que gradativamente pedem para serem recusadas, pelas vezes que proferem repetitivamente frases impensadas causando feridas – cicatrizáveis, mas inevitavelmente visíveis. Desisto rangendo os dentes, clamando força, pedindo paz, prometendo não desperdiçar mais tempo na tentativa de mostrar o que se é, o que eu vejo, o que muitos vêem e o que aqueles não vêem, porque simplesmente não querem. Aqueles que promovem pré-julgamento e se negam às pessoas, que nunca descobrirão seu verdadeiro caráter e jamais serão justos o suficiente para fazer qualquer tipo de julgamento. Ignoram, repudiam. Ignoradas, repudiadas. Ignorantes, repudiantes.

domingo, 23 de agosto de 2009

Contemplando a beleza alheia sendo desconfigurada pelo egoísmo e desejando insistentemente que a razão permeie tantos pensamentos incrédulos, fazendo-os sumir o mais rápido possível...
Foto: Expressionismo - Rosina Villela
"Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder." Já dizia Niet... ¬¬

sábado, 21 de fevereiro de 2009

R.E.M.

"Efêmero segundo o Aurélio é de pouca duração, passageiro, transitório. Os efêmeros que estou fotografando duram o tempo do movimento do sol, da luz do dia. Assim que são captados pela câmera, já não existem mais. O interessante é que uma vez captados, deixam de ser efêmeros e passam a ter a duração de uma fotografia digital. Sendo assim, qualquer fotografia pode ser considerada um efêmero pois por mais que a gente tente refazer uma cena artificial, o momento já é outro."

Sílvia Matos - http://antropoantro.blogspot.com

O efêmero está se tornando belo, ou estou confirmando o 'jargão' de que o belo e bom é, de fato, efêmero?
Hoje, opto pelo primeiro. Por quê? Porque não vale a pena.
A brevidade é motivo de raiva e inveja, concomitantemente; mas quando toma-se consciência desta, vira bela. Não vale a pena vê-la com olhos marejados, dentes rangendo, engasgos na garganta e pensamentos destruidores (autodestruidores).
Mas ainda fico em dúvida se devemos encará-la com um sorriso bem grande e a desejar. Abrir os braços pro breve é objetivar pular. E eu não quero pular. Quero caminhar lentamente pelos caminhos mais coloridos e mais cinzas também. Desfrutar de luzes e escuridão. E sair dela diferente.
Que o tempo só é pouco pra quem o disperdiça. Pra quem dele faz bom uso, é suficiente.
=)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Preto e branco.

A janela pela qual se mostra o mundo muda todo dia, a todo instante.
A moldura velha esculpida em madeira maciça permanece intacta.
E se você não cuidar, a cortina acumula gradativamente o pó depositado em camadas finas, quase imperceptíveis. Porque ele sempre é produzido. Involuntária e freneticamente. E sua presença só é percebida através das conseqüências que causa.

Olha todas as manhãs praquele cenário, tentando decorá-lo, encontrar um ponto fixo, uma mesmice que conforte.
Doce engano repetitivo, involuntário.
Diz-se que muda.
Mas só muda de fato, quando TU vês diferente.

Busca uma verdade que alimente e perdure em seus âmbitos mais infinitos, e nela se debruça. Mas escorrega, vez ou outra.

Blinda teu vidro, arma-te até os dentes e espere.
Joga o preto no branco, sem pensar. Não atura.
Abre tua janela, vê o mundo passar.
Misture, faça o cinza, o roxo, sem receios. Conserte.
Por fim, busca o equilíbrio.
Enlouquece.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pra onde vão meus 40 centavos diários a mais?


Transporte público?
Onde? Se cada vez paga-se mais por um veículo de locomoção mais carente de necessidades básicas do que seus próprios passageiros?!?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Relógio ideológico

Feitos de silêncio e som.
















Tem certas coisas que eu não sei dizer.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Deixa?!


















Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida,
preciso demais desabafar...

Por um mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé

Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vo torcendo pra chegar no final
É,quanto mais fé, mais religião
Amor que mata, reza, reza ou mata em vão
Me contam coisas como se fossem corpos,
Ou realmente são corpos,todas aquelas coisas
Deixa pra lá eu devo tá viajando
Enquanto eu falo besteira,
nego vai se matando
Então...

Deixa, deixa, deixa,
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar

Ok, então vamo lá, diz
Tu quer a paz, eu quero também,
Mas o estado não tem direito de matar ninguem
Aqui não tem pena morte mas segue o pensamento
O desejo de matar de um Capitão Nascimento
Que, sem treinamento se mostra incompetente
O cidadão por outro lado se diz, impotente, mas
A impotência não é uma escolha também
De assumir a própria responsabilidade, hein?

Que cê tem e mente, se é que tem algo em mente
Porque a bala vai acabar ricocheteando na gente
Grandes planos, paparazzo demais
O que vale é o que você tem,
e não o que você faz
Celebridade é artista,
artista que não faz arte
Paga um como pilates achando que já fez sua parte
Deixa pra lá, eu continuo viajando
Enquanto eu falo besteira nego vai,vai,
Então deixa...

Marcelo D2

sábado, 25 de outubro de 2008

Não IA escrever NADA sobre eleições...

Xii, pegaram a pessoa errada, no pior momento possível! ¬¬
A caminhada até o lar doce lar estava normal. Na verdade, estava pior do que de costume, entretanto continuava normal. Meus joelhos gritavam a cada passo, minha coluna pendia para o lado direito, em virtude da leva de “informações” que trazia comigo dentro de uma bolsa e sobre o braço esquerdo; o calor sufocante forçava meu organismo a emitir pequenas radiações (aquelas inofensivas, senão pelo odor desagradável que causam ao final do dia); e pensamentos fortes sobre como ainda esbraveço quando sou contrariada ou quando sinto que meus pilares externos amolecem e gradativamente me abandonam. Não, esse não era um dia comum.

A poucos metros das centenas de escadas (hipérbole) que me levariam à receptividade alegre dos meus cachorros (lindos, fofuchos e fedidos!), vejo um ser humano conhecido (vizinho chato e forçadamente simpático) carregando uma bandeira grande e azul e sacolas cheias de papeizinhos também azuis. A cor bela e calma logo remetera-me ao candidato “direitista” (se é que esta classificação ainda existe) ao cargo da prefeitura do município da terra dos batateiros (é, a terra desta mesma que vos escreve). O ser estava fazendo seu trabalho de cabo eleitoral; e este mesmo trabalho cruzara o meu caminho! Ah, que pena!

Tentei desviar, acelerar o passo simulando uma pressa mais do que existente, atravessar a rua. Esta última opção seria mais eficiente, se eu não corresse risco de vida... Acabei tendo que tangenciar o campo magnético do rapaz (perdoe-me se isso não existe... rs.... o uso de termos técnicos escolares são só pra eu não esquecer que devo reduzir a minha ignorância física em menos de um mês! O.o).

Começara a fazer-me mil perguntas até descobrir que ainda não curso uma universidade. Concomitantemente ao tedioso e previsível questionário, entregava-me os papeizinhos azuis. Até que, repentina e rapidamente (já que chegávamos à rua na qual eu residia), o homem puxou meu braço e disse-me, quase em tom de sussurro:
- Que fique só aqui, entre a gente, mas eu conheço a prima tia e o bisavô cunhado... blá blá blá wiskas sache... que trabalha junto com o vereador X recém eleito, o mais votado da nossa cidade, um homem íntegro... blê blê blê wiskas sache again... que pode conseguir para você uma bolsa de estudos integral do curso que você escolher, em uma faculdade particular.
- Jura? E como funciona isso? Conte-me detalhes, pois adorei a proposta de avanço social deste (outro) ser humano!

Há, enquanto ele me explicava, meus olhos enchiam-se de lágrima, minha respiração ficava ofegante e o que eu mais queria era não estar lá naquele momento. Poderia dizer-lhe mil coisas, sabe. Cabo eleitoral e vendas de votos na cara dura! Mas restringi minhas palavras a um laconismo irônico e sarcástico (percebido pelo receptor), por um motivo auto-suficiente: NÃO MUDARIA PORRA NENHUMA NESTA IMUNDISSE DE POLÍTICA.

- Não, moça. Veja bem: o candidato JÁ ESTÁ ELEITO!
(Avisto meu portão... ah o meu portão! Salvar-me-á!)
- Ok. Então me diga: esta “atitude do vereador” inclui terceiros? Melhor dizendo: beneficiará a TODOS os jovens que concluírem o ensino médio, declararem carência financeira, e fizerem parte da futura população economicamente ativa do município de São Bernardo do Campo?
(na verdade, fui bem mais sucinta... rs).
Os olhos do ser se arregalaram e a testa franziu.
- Olha, estou te fazendo simplesmente uma proposta... aceita?
- É pra mim? Só pra mim?
- Aceita ou não?

Percebi. A coisa é de verdade. Acontece de verdade. E as pessoas aceitam de verdade. Quanta verdade! O.o
Ainda assim a mentira prevalece. Aquela que nos faz acreditar no bem comum, num governo PÚBLICO, (aquele do povo, para o povo e pelo povo); a hipocrisia democrática e as “eleições do cacete” que até hoje existem.

Puro reflexo do homem.

- Não, Sr. Ser humano, muito obrigada!

E que esta concepção pessoal não se corrompa no decorrer dos anos.

Amém.

domingo, 24 de agosto de 2008

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...


Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

terça-feira, 27 de maio de 2008

Quem dá mais?

Eu vou fazer um leilão, quem dá mais pelo coração (pulmão, fígado, pâncreas) do mundo?
50 bilhões de reais? Muito pouco meu caro Johan Eliasch!
Quem dá mais, quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas.... VENDIDO!

Há anos "nossa" Amazônia é vendida. Mas a hipocrisia dos que se beneficiam dela é enorme, assim como a desenvoltura, articulação e facilidade dos mesmos para direcionar a população a um sentimento nacionalista muito forte, no qual torna-se gritante e declamada publicamente a POSSE pela rica floresta. A Amazônia não é, e nunca foi nossa. Sempre pertenceu aos mais poderosos, política ou economicamente. Agricultores latifundiários, exportadores de madeira e matéria-prima, pesquisadores gringos, sem-terras. Belo o discurso dos que defendem com unhas e dentes os "nossos" recursos naturais, geradores de enriquecimento humano. Falas literalmente vãs, momentâneas e nada confiáveis.

Ah, vá! Façamos uso da perspicácia!
Avanço da Agropecuária. Internacionalização. Desertificação. Desmatamento. Queimadas. Aquecimento global. Fonte energética. Fonte de água. Fonte de vida. Bases militares? Ongs ambientais que desviam verba. Depósito de recursos naturais a serviço do crescimento do país. Dominância cultural geo-política, econômica? Hãm?!? Dominação, controle, poder. Grandes hidrelétricas e vias de escoamento de exportação. Terminais hidroviários. Dinheiro.

~

Não perca os próximos capítulos.
Nada inédito: o mesmo desespero, muita polêmica e nenhuma atitude consistente.
Aguardemos.

~

Ainda busco conclusões.