domingo, 23 de agosto de 2009

Contemplando a beleza alheia sendo desconfigurada pelo egoísmo e desejando insistentemente que a razão permeie tantos pensamentos incrédulos, fazendo-os sumir o mais rápido possível...
Foto: Expressionismo - Rosina Villela
"Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder." Já dizia Niet... ¬¬

sábado, 21 de fevereiro de 2009

R.E.M.

"Efêmero segundo o Aurélio é de pouca duração, passageiro, transitório. Os efêmeros que estou fotografando duram o tempo do movimento do sol, da luz do dia. Assim que são captados pela câmera, já não existem mais. O interessante é que uma vez captados, deixam de ser efêmeros e passam a ter a duração de uma fotografia digital. Sendo assim, qualquer fotografia pode ser considerada um efêmero pois por mais que a gente tente refazer uma cena artificial, o momento já é outro."

Sílvia Matos - http://antropoantro.blogspot.com

O efêmero está se tornando belo, ou estou confirmando o 'jargão' de que o belo e bom é, de fato, efêmero?
Hoje, opto pelo primeiro. Por quê? Porque não vale a pena.
A brevidade é motivo de raiva e inveja, concomitantemente; mas quando toma-se consciência desta, vira bela. Não vale a pena vê-la com olhos marejados, dentes rangendo, engasgos na garganta e pensamentos destruidores (autodestruidores).
Mas ainda fico em dúvida se devemos encará-la com um sorriso bem grande e a desejar. Abrir os braços pro breve é objetivar pular. E eu não quero pular. Quero caminhar lentamente pelos caminhos mais coloridos e mais cinzas também. Desfrutar de luzes e escuridão. E sair dela diferente.
Que o tempo só é pouco pra quem o disperdiça. Pra quem dele faz bom uso, é suficiente.
=)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Preto e branco.

A janela pela qual se mostra o mundo muda todo dia, a todo instante.
A moldura velha esculpida em madeira maciça permanece intacta.
E se você não cuidar, a cortina acumula gradativamente o pó depositado em camadas finas, quase imperceptíveis. Porque ele sempre é produzido. Involuntária e freneticamente. E sua presença só é percebida através das conseqüências que causa.

Olha todas as manhãs praquele cenário, tentando decorá-lo, encontrar um ponto fixo, uma mesmice que conforte.
Doce engano repetitivo, involuntário.
Diz-se que muda.
Mas só muda de fato, quando TU vês diferente.

Busca uma verdade que alimente e perdure em seus âmbitos mais infinitos, e nela se debruça. Mas escorrega, vez ou outra.

Blinda teu vidro, arma-te até os dentes e espere.
Joga o preto no branco, sem pensar. Não atura.
Abre tua janela, vê o mundo passar.
Misture, faça o cinza, o roxo, sem receios. Conserte.
Por fim, busca o equilíbrio.
Enlouquece.